Todo
nosso eu é construído do emocional.
E
a soma dos acontecimentos,
o
tamanho deles, a forma ou o momento
em
que chegam criam barreiras
entre
nós e os outros,
às
vezes nós e o mundo.
Quando
faz frio no coração,
nós
nos afastamos de tudo aquilo
que
poderá tocá-lo.
Criamos
um muro invisível para
protegê-lo
e proteger-nos,
duvidamos
das pessoas, da sinceridade delas,
das
suas boas intenções.
Esses
invernos rigorosos da vida fazem
com
que nos sintamos mais sós,
nos
esquecemos de olhar um pouco para fora
e
olhamos muito para dentro.
E
quando mais pensamos nas nossas tristezas,
mais
tristes nos sentimos,
o
que cria esse círculo vicioso do qual
é
difícil se livrar.
E
quando esses períodos de festas
se
aproximam em que todos falam tanto de
amor,
solidariedade, perdão e compreensão,
o
que possuem o coração apertado
o
sentem mais pequenininho ainda.
Uma
maneira de reverter essa situação,
é
oferecer o que precisamos.
Mudando
nossa mentalidade,
mudamos
o mundo.
Para
abrir o coração das pessoas,
precisamos
abrir o nosso.
São
nossas mãos que devem derrubar
as
primeiras barreiras que nos separam
das
pessoas e da vida.
É
a luz que possuímos que deve ser
a
primeira a nos aquecer,
a
iluminar nossos passos,
ninguém
pode ver por nós,
caminhar
por nós e menos ainda
sentir
por nós.
Quando
fazemos pelos outros,
estamos
concentrando nossas energias em
algo
externo a nós e quando pensamos
menos
na carga que carregamos,
ela
parece mais leve, mais suportável.
Quando
faz frio no nosso coração,
devemos
agasalhá-lo para que ele
passe
melhor pelo inverno, que passará,
como
passam todas as outras estações.
Aquele
que aprende a plantar uma flor,
planta
muito mais que uma flor,
ele
faz nascer a esperança no mundo.
Letícia
Thompson